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“Harry Potter can kiss my ass!”

Rafael Teixeira

Pense em todas as séries e filmes de bruxaria que você assistiu recentemente: Charmed, Sabrina, Jovens Bruxas... jogue todas em um caldeirão. Acrescente algumas doses de testosterona e piadas machistas e transforme as bruxas em bruxos. Depois é só temperar com um pouco de besteirol americano adolescente e uma pitada de sustos estilo “Pânico” e você terá o filme O Pacto.

Cinco famílias inglesas muito poderosas e dominadoras da magia fundaram a cidade de Ipswich nos Estados Unidos, depois de serem perseguidas pela caça as bruxas de sua terra natal. As famílias selam um pacto de silêncio sobre suas habilidades mágicas e se comprometem a nunca usá-las em público ou de forma demasiada, já que a constância pode viciar, o que causaria o envelhecimento e a destruição o corpo do usuário imprudente. Só que uma das famílias, sedenta por poder, acaba sendo banida por suas ações, dizimada até não restar nenhum descendente.

Caleb, Pogue, Reid e Tyler são os filhos de Ipswich, prole das quatro famílias originais, dotados de incríveis poderes. Cada um deles utiliza seus poderes de acordo com suas personalidade e vivem uma vida normal no seu último ano na Academia Spencer. Mas todo o equilíbrio de suas rotinas agradáveis é quebrado quando um dos descendentes da quinta família banida retorna sem aviso, em busca do poder dos membros do Pacto.

O filme de Renny Harlin não deixa a desejar em efeitos especiais, e as seqüências onde os filhos de Ipswich usam suas magias são bem interessantes. Mas o roteiro tem aquela mesma fórmula de entretenimento fugaz: uma hora você está se divertindo, mas alguns segundos depois você vai preferir dar uns amassos ou fazer piadas dos atores (que por sinal dão um show de péssima atuação em falas cheias de clichês).

A seqüência final de ação parece mais uma cena extraída da série Dragon Ball Z, cheia de esferas de energia voando pra todos os lados e um monte de “blá-blá-blá-blá” entre os oponentes. Ainda assim, para aqueles que querem um entretenimento despretensioso esse filme tem de tudo: ação, briga, acidentes e explosões, pros meninos cena do chuveiro, pras meninas, rapazes sarados de sunga e cena no vestiário, além de algumas piadinhas infames, mas que fazem rir justamente por isso. Como a que intitula essa resenha, quando o personagem Reid usa seus poderes de forma bastante criativa.
O Pacto (The Convenant)
EUA, 2006
Direção: Renny Harlen Elenco: Steven Strait, Laura Ramsey, Sebastian Stan, Taylor Kitsch e Chace Crawford Duração: 97 min